![Geneticista do HUPAA fala sobre a Síndrome de Down em entrevista ao Bom dia Alagoas, da TV Gazeta](http://www.hupaaufal.org/images/stories/120321guilherme.jpg)
Geneticista do HUPAA fala sobre a Síndrome de Down em entrevista ao Bom dia Alagoas, da TV Gazeta
Sobre o fator genético, Gaelzer explicou que o problema ocorre devido à trissonomia no cromossomo 21, onde ocorre a duplicação deste gene, fazendo com que, ao invés de 46 cromossomos – quantidade normal de cada ser humano – um bebê nasça com 47, caracterizando assim a alteração cromossômica causadora da síndrome.
De acordo com o profissional, esta alteração genética foi descrita em 1860, mas só foi descoberta e diagnosticada em 1959, quase cem anos depois. Gaelzer explica que toda mulher é suscetível a ter um filho Down. No entanto, este risco é ainda maior quando a futura mãe já passa dos 35 anos.
O diagnóstico da síndrome pode ser feito ainda no pré-natal ou minutos depois do parto, no caso das gestantes que não passaram por este tratamento. Segundo Gaelzer, o obstetra, ao detectar o problema, deve encaminhar o bebê para o geneticista, que poderá confirmar precisamente se a criança é Down, bem como iniciará o acompanhamento junto à equipe multiprofissional
Quantos aos aspectos de saúde e características físicas, o geneticista diz que, em média, 40% dos portadores da síndrome desenvolvem problemas cardíacos, o que, no passado, era a causa da longevidade mínima destas pessoas. Hoje, com a intensificação da avaliação cardíaca e possibilidade de intervenção cirúrgica, o tempo de vida tornou-se maior. Normalmente, o down apresenta estatura menor e aspectos na fisionomia que identificam a síndrome.
![Guilherme Gaelzer fez esclarecimentos, abordando o diagnóstico e outros aspectos da síndrome](http://www.hupaaufal.org/images/stories/120321guilhermebomdia.jpg)
Guilherme Gaelzer fez esclarecimentos, abordando o diagnóstico e outros aspectos da síndrome
Quanto à inserção social, o geneticista falou sobre a divulgação da síndrome na mídia e ressaltou ser importante pelo fato de ajudar a sociedade a “se acostumar com a ideia, coisa que antigamente era mais estigmatizado”.
Além de todo o acompanhamento médico, Guilherme Gaelzer diz ser necessário também um ambiente amoroso para o down. Segundo ele, os portadores da síndrome são muito carinhosos. “O apoio é fundamental. Essas crianças são extremamente amorosas e isso deve ser recíproco. Nós temos que retribuir todo esse amor”, concluiu o geneticista.
21 de Março
O Dia da Síndrome de Down faz alusão à alteração cromossômica que causa o problema genético e foi criada em 2006 pela Down Síndrome International. Por ser 21/3, em inglês 3/21, a data representa a trissonomia do cromossomo 21.
Comemoração
Com o tema “Deixe o respeito vencer o preconceito”, a Liga Acadêmica de Genética Médica de Alagoas (LAGeM) inicia oficialmente suas atividades com ação educativa durante todo o dia na Família Down Alagoana (Fam Down) que é uma entidade sem fins lucrativos afiliada à Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e atende atualmente cerca de 60 crianças. Além de funcionar como escola, a Fam Down é um centro de cultura e lazer voltado aos portadores de Síndrome de Down.
Coordenada por Guilherme Gaelzer, a LAGeM está realizando hoje um dia especial, com recreação para as crianças e atividades com os pais, visando a integração entre eles.
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